Saudações a todos!
Neste dia 01 de janeiro de 2019 celebramos a Solenidade da Santa Mãe de Deus (Mãe e Deus e da Igreja). É a festa da Maternidade de Maria. Necessário ressaltar que Maria é mãe de JESUS e da Igreja.
A respeito da Maternidade de Maria, transcrevemos abaixo alguns trechos do Livro O VERBO SE FAZ CARNE, do Padre RANIERO CANTALAMESSA (Editora Ave Maria, 5a Edição, 2017, páginas 510 a 516):
“Maternidade que não é somente “divina”, mas também humana, porque Jesus é Deus e homem; maternidade relacionada a Cristo, mas também à Igreja, porque Cristo é inseparavelmente a Cabeça com seus membros.”
“Maria não aparece muitas vezes no Novo Testamento; se prestarmos atenção, porém, ela não falta em nenhum dos três momentos decisivos da história da salvação, que são: a Encarnação, a Páscoa e Pentecostes; Maria está ao lado do berço em Belém, está ao pé da cruz no Calvário e está no cenáculo no momento da vinda do Espírito Santo.”
“A presença de Maria entre os Onze no cenáculo, no momento do nascimento da Igreja, tem um significado profundo, determina uma qualidade permanente da Igreja. Todos os poderes – sacerdotais, jurídicos, pastorais – são daqueles Onze, isto é, dos apóstolos; sobre eles está “fundada” a Igreja (cf. Ef 2,20); Pedro é a Rocha que deve sustentar os outros; todos são as “colunas”, aqueles que ligarão e desligarão; deles descendem idealmente aqueles que serão, em seguida, pastores e doutores da Igreja no cenáculo.”
“Maria está aí sem nenhum poder; os outros – os homens – irão pelo mundo pregar, fundar igrejas; Maria desparece num silêncio total. Sua presença diz que a alma da vida apostólica e da Igreja não consiste tanto em governar, falar, ir até os confins do mundo, ter todo poder e fazer milagres, mas é estar disponível, ser “segundo o Evangelho” de Jesus. E segundo o Evangelho de Jesus, a coisa maior não é estar na frente, mas estar  “a serviço”, não é “fazer” para Deus, mas “deixar-se fazer” por Deus.”
Dos trechos acima se constata a importância de Maria na história da Salvação: além de gerar, criar e acompanhar Jesus, ela também participou da geração, da criação e da formação da Igreja de seu Filho; ela não possuiu cargos na Igreja primitiva, no entanto, circunscrita ao seu silêncio e guardando todas as coisas no seu coração permitiu que Deus nela agisse e, por tais motivos, foi reconhecida como Mãe de Deus (pelo Concílio de Éfeso) e Mãe da Igreja (pelo Concílio Vaticano II).
Sendo ela Mãe da Igreja – e a Igreja somos nós – ela também é nossa mãe!
Portanto, Irmãos, neste novo ano que se inicia, busquemos imitar nossa Mãe na humildade, na prontidão em servir e no deixar-se fazer nas mãos de Deus; lembremo-nos de que mais importante que possuir cargos na Igreja é estar a serviço e servir de coração.
Que todos tenham um Abençoado ano de 2019, sob os cuidados de nossa Mãe Maria!