Chegamos ao Tempo Quaresmal….
Iniciamos nossa anual “subida à Jerusalém” para celebrar a Páscoa de Jesus e a nossa também.
Nesta época, muito se fala em jejum (de carne, chocolate, refrigerante e mais diversos alimentos), entretanto, nem todos se lembram do jejum que, por surtir maior efeito, é o mais importante.
Me refiro ao Jejum do Mundo. Sim, foi este o jejum principal a que JESUS se submeteu ao se afastar para o deserto. O jejum da comida é consequência do afastamento das “coisas do mundo”.
Mas o que seriam as  “coisas do mundo”?    Como resposta posso citar como exemplos: utilização exagerada e indevida de redes sociais; consumismo desenfreado; busca de poder a qualquer custo; priorizar o próprio bem-estar sem pensar nos mais necessitados; sexo desregrado; trajes escandalosos; novelas, vocabulário vulgar; diversão em excesso; utilização de bebidas alcoólicas sem moderação; drogadição; enfim, tudo  que é supérfluo e inútil pode ser catalogado como “coisas do mundo” e são justamente as que não tem lugar no céu.
Ou você, que está lendo este post, acredita que no céu haverá casas noturnas, roupas que não cobrem os corpos, palavrões, bebidas alcoólicas, músicas satânicas, drogas e prostituição?
Pois é…… com certeza, os exemplos acima não cabem no céu….  Ás vezes é necessário “dar nome aos bois” (expressão antiga que significa apontar o nome dos envolvidos) para elencar, objetivamente, as coisas que nos fazem mal e que, ainda assim, muitos insistem em praticar e cultuar.
O jejum das coisas do mundo eleva o ser humano a um patamar mais espiritual e, somado à Palavra de Deus, produz a purificação que nos prepara para a Páscoa.
Cada um de nós deve entender que o remédio cura apenas a pessoa que o toma e não o farmacêutico que o manipula, isto é, não basta proclamar a Palavra de Deus; é essencial deixar-se alimentar por ela, vencer a tentação que nos rodeia dia a dia e ter os olhos fixos nos mandamentos de Deus para, que, ao fim da Quaresma – do outro lado do deserto – possamos nos apresentar como Cristãos verdadeiros.
Desejo que cada um vivencie esta Quaresma com o Jejum verdadeiro (não de comida e bebida) mas, mas com o jejum da alma, do espírito, do esvaziar-se a si mesmo, buscando a real aproximação ao Verbo Divino.
J.L.