Na manhã desta terça-feira dia 3 de novembro o Papa Francisco celebrou na Basílica de S. Pedro uma Eucaristia em memória dos cardeais defuntos durante o último ano. Na sua homilia falou sobre a vida cristã que deve ser serviço.
O Santo Padre na sua homilia reflectiu sobre a escolha de “servir a Igreja” tal como nos diz S. Mateus no capítulo 25: ‘servos bons e fiéis’. Ao mesmo tempo, o Papa recordou a passagem do Evangelho de S. João em que o Senhor, como um servo, lavou os pés aos seus mais diretos colaboradores, para que fizéssemos como ele. Servir e não ser servido – afirmou o Papa Francisco:
“Quem serve e dá, parece um perdedor aos olhos do mundo. Na realidade, precisamente perdendo a vida, encontra-a. Porque uma vida que se despoja de si perdendo-se no amor, imita Cristo: vence a morte e dá vida ao mundo. Quem serve, salva. Ao contrário, quem não vive para servir, não serve para viver.”
A serpente levantada em bronze, no Antigo Testamento, salvava das outras serpentes – referiu o Papa afirmando que essa é a mesma lógica da Cruz, na qual Cristo “nos salva da nossa morte”.
“Na Páscoa de Jesus vemos juntos a morte e o remédio para morte e isto é possível pelo grande amor com que Deus nos amou, pelo amor humilde que se baixa, pelo serviço que sabe assumir a condição de servo.”
Também nesta Eucaristia Deus vem-nos servir e a “dar-nos a sua vida” – referiu o Santo Padre – “uma vida que nos salva da morte e nos enche de esperança”. Tal como S. Paulo nos exorta – continuou o Papa – poderemos, assim, dirigir o pensamento às coisas de Deus e não àquelas da terra “ao amor de Deus e do próximo, mais do que às nossas necessidades”. Só assim seremos servos segundo o coração de Deus – disse o Papa Francisco concluindo a sua homilia:
“Então seremos servos segundo o seu coração: não funcionários que prestam serviço, mas filhos amados que doam a vida para o mundo.”
(RS)