Não está mais entre nós Pe. Orivaldo. E, embora soubéssemos de sua saúde debilitada, sua partida nos apanhou de surpresa. É sempre difícil dizer alguma coisa em momentos assim. Corremos o risco de afirmar palavras comuns que pouco ou nada dizem sobre o que sentimos. Mas, como catequista, preciso tentar.

Antes de conhecer pessoalmente Pe. Orivaldo ouvia comentários sobre sua imensa retidão, seu enorme conhecimento, seu jeito simples e sua grande exigência ao tratar das coisas de Deus. Conheci-o à época do 1º Seminário Arquidiocesano de Catequese, quando ele colocou sua paróquia, Santa Maria Goretti, à disposição para a realização do evento: salão novo, pessoas da comunidade para recepcionar os catequistas de toda a arquidiocese e cuidar do café dos intervalos; Pe. Orivaldo presidiu a Celebração Eucarística e fez questão de pessoalmente acolher todos. No primeiro dia, ouvi-o dizer: “nenhuma comunidade sobrevive sem catequistas”. Por ocasião do Jubileu dos Professores, como precista na Missa, estava sentada bem perto do Pe. Orivaldo e me surpreendi com seus olhos marejados ao falar sobre nós, professores, neste nosso país.

A partir de 2009, na Catedral, passei a conviver mais de perto com Pe. Orivaldo. Quantos ensinamentos – nas homilias, na sacristia antes do início das celebrações, em sua sala! Quantas palavras de incentivo e de confiança, quanto respeito! Como catequista, quantas catequeses tive com ele, com seu jeito simples e direto de ligar a Palavra à nossa realidade! Que visão de Catequese! Quanto amor pela Igreja e pela Catequese!

Pe. Orivaldo costumava dizer (às vezes, com a voz embargada, sem conseguir segurar a própria emoção) que quem parte volta para casa e, por isso, não devemos sentir tristeza: “saudade, sim, mas não tristeza!

A Arquidiocese de Maringá deixa de ter, entre os seus, um grande pequeno padre – pequeno na estatura, gigante em seu sacerdócio. Quanta falta ele nos fará!

Saudade imensa, Pe. Orivaldo! E meu eterno obrigada!