Mãe, te amo, sempre!
Mãe, neste dia quero te dizer no teu ouvido, obrigado pelo que você é, não pelo que você fez e faz por mim. Sei que nunca é tarde para agradecer. Sei que muitas vezes eu só exigi, pedi, fiz de você uma escrava dos meus desejos. Nunca serei capaz de agradecer o suficiente, mas sei que você nunca esperou de mim nenhum retorno, a não ser ver-me feliz.
Tudo foi marcado por um amor impossível de descrever. Desde o amanhecer até o último chegar em casa, sempre estavas ali para que nada me faltasse. Neste dia, não quero te dar presentes, pois nada vai preencher a ternura com que fui educado e hoje me sinto feliz e realizado ao teu lado.
O meu presente é o meu coração, a minha vida, jamais quero te deixar na solidão, jamais quero te ver preocupada comigo, jamais quero ver uma lágrima de tristeza em teu rosto.
O papa Francisco disse e eu compartilho aqui: “Cada pessoa humana deve a vida a uma mãe e quase sempre deve a ela muito da própria existência. A mãe, mesmo sendo muito exaltada do ponto de vista poético ela é pouco escutada e pouco ajudada, pouco amada, pouco valorizada na vida cotidiana”.
Na última carta para as famílias, chamada “A alegria do amor em família” ele diz: “Quero exprimir minha gratidão de maneira especial às mães que rezam pelos filhos, principalmente aqueles que se afastaram de Cristo”.
Mãe desde pequeno me ensinastes o caminho da fé, o amor a Jesus, a rezar de joelhos com as mãos unidas, enviando um beijo pra Jesus na cruz. Isso nunca vou esquecer. Tenho gravada a imagem de você e o pai, ajoelhados na sala diante do crucifixo e da imagem de Nossa Senhora, rezando o terço com os oito filhos, ensinando a permanecer de joelhos desde pequenos.
Recordo a frase de um escritor que dizia: “Deus não pode estar em toda parte, por isso Ele criou as mães”. Ao mesmo tempo que você é a ternura de Deus em minha vida, você mãe, vive um martírio permanente, dando a vida no dever, no silêncio, na oração, no cumprimento honesto das obrigações; naquele silêncio da vida cotidiana, sem medo, esperando sempre de que o amanhã será melhor. Ser mãe não significa somente colocar no mundo um filho.
Não foi por acaso que você me segurou no ventre por nove meses, não foi por acaso que hoje sou homem formado e tenho orgulho de dizer que tive uma mãe que morreu por mim, num martírio da vida, da entrega total no puro e simples desejo de ser mãe.
Quero concluir com as palavras do papa Francisco: “Uma sociedade sem mães seria uma sociedade desumana, porque as mães sabem testemunhar sempre, mesmo nos piores momentos, a ternura, a dedicação, a força moral.
As mães transmitem, muitas vezes, também o sentido mais profundo da prática religiosa: nas primeiras orações, nos primeiros gestos de devoção que uma criança aprende, é inscrito no valor da fé na vida de um ser humano. É uma mensagem que as mães, que acreditam, sabem transmitir sem tantas explicações: estas chegarão depois, mas a semente da fé está naqueles primeiros, preciosíssimos momentos. Sem as mães, a fé perderia boa parte do seu calor simples e profundo. E a Igreja é mãe, com tudo isso, é nossa mãe!
Nós não somos órfãos, temos uma mãe! Nossa Senhora, a mãe Igreja e a nossa mãe. Não somos órfãos, somos filhos da Igreja, somos filhos de Nossa Senhora e somos filhos das nossas mães. Queridas mães, obrigado, obrigado por aquilo que vocês são na família e por aquilo que dão à Igreja e ao mundo. E a ti, Maria, Mãe de Deus e nossa, obrigado por fazer-nos ver Jesus.
Dom Anuar Battisti