No último domingo, com a celebração da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, chegamos ao fim do Ano Litúrgico. Terminou também o Ano do Laicato que teve como eixo central a presença e a atuação dos cristãos leigos e leigas como “ramos, sal, luz e fermento” na Igreja e na sociedade.

A Catequese com adultos está intimamente ligada à formação de leigos e leigas conscientes do seu papel no mundo. O Concílio Vaticano II valorizou a fundamentação sacramental da Igreja; os sacramentos da Iniciação Cristã “fundam a igual dignidade de todos os membros de Cristo. Eles nos inserem na mesma comunhão, tornando-nos todos iguais na ordem da graça divina e do ser cristão.” (Doc. 105 n.104) É nessa igual dignidade que se baseia a diversidade de membros e funções na Igreja.

É na iniciação à vida cristã que está a fonte e a origem do discipulado e da missão. Pela força do Batismo os leigos, como verdadeiros sujeitos eclesiais, devem estar prontos para assumir seus direitos e deveres na Igreja, sem submissão servil nem contestação ideológica e sem cair no fechamento. Como adultos maduros na fé, os leigos são chamados a testemunhar amor à Igreja, servir os irmãos, permanecer no seguimento de Jesus e na escuta obediente à inspiração do Espírito Santo, testemunhando Cristo no mundo com coragem, criatividade e ousadia.

Sem dúvida, nos dias atuais os cristãos leigos e leigas têm maior a consciência da sua identidade e da sua missão na Igreja e no mundo. Mas ainda há muito a ser transformado. Muitos leigos não encontram espaço em suas comunidades eclesiais, não se sentem preparados para assumir responsabilidades na Igreja, ou não se entendem como Igreja: católicos sim, mas não Igreja. Para todos estes, são valiosas as palavras de São Pedro: “também vós, como pedras vivas, formai um edifício espiritual, um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo.” (cf. 1Pd 2,5)

Na Catequese com Adultos somos chamados a despertar em nossos catequizandos a consciência quanto à sua identidade, vocação e missão, a incentivá-los a assumir seu compromisso batismal no dia a dia, em todas as dimensões da vida, a fortalecer sua consciência de ser Igreja, povo de Deus, a reconhecerem-se corresponsáveis pelo anúncio de Jesus Cristo e construtores do seu Reino.