Os adultos, tantas vezes sedentos de Deus, são convidados na Catequese a percorrer um caminho para se encontrarem com Jesus. Essa ideia de caminho é muito apropriada para falar sobre a Iniciação Cristã e tem sido muitas vezes usada associada à iniciativa de Deus de aproximar-se do seu povo para propor a salvação que nasce em seu Amor infinito pelos homens. Jesus é Deus que caminha no meio do povo, para lhe falar bem de perto, como fazem os amigos, e anuncia: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14,6).

Pensemos nos discípulos de Emaús que, caminhando desanimados de volta para casa, encontram, sem o identificarem de imediato, seu Mestre Jesus (cf. Lc 24,13-35). É no caminho que Jesus “aquece seus corações”, explica as Escrituras e como seu Mistério Pascal nelas está indicado. Jesus, Palavra viva de Deus, fala aos discípulos e os leva à mesa da refeição. Pensemos, agora, na participação dos nossos catequizandos adultos na Liturgia: como a Catequese pode ajudá-los a fazer a experiência de Deus que se realiza na Liturgia!

Todo processo catequético desemboca (mas não se conclui) na celebração dos Sacramentos, momento maior da participação no Mistério de Cristo. O sacramento é a consequência de uma fé assumida e alimenta essa fé; celebramos porque cremos e assumimos (sinal de vivência e compromisso) e, celebrando, fortalecemos nossa fé e nosso compromisso, o que nos leva a celebrar… A Catequese, portanto, leva ao sacramento, e deve lhe dar o lugar que lhe é próprio – não ponto final, mas caminho que se abre (CNBB. Estudo 97 n. 55-57.).

No processo catecumenal dos adultos, Catequese e Liturgia se somam: a primeira fornece meios para conhecer Jesus Cristo, fazer a experiência pessoal de encontro com Ele e aceitar sua proposta de vida; a segunda ajuda a guardar e assumir as descobertas do caminho. A nós, catequistas, cabe o desafio de “aquecer os corações” dos catequizandos que nos são confiados!