Encontrar-se e permanecer foram os dois aspectos essenciais que já mencionamos anteriormente. Queremos motivar para a reflexão um terceiro: a conversão. Esses três elementos não podem ser esquecidos em nossa prática catequética.

Olhemos para Zaqueu, cobrador de impostos, que recebe Jesus em sua casa (cf. Lc 19,1-10). Esta experiência de encontro com Jesus foi decisiva, capaz de mudar sua vida, de lhe dar “um novo horizonte” (DAp 12); Suas palavras expressam a transformação imensa que experimentou (cf. Lc 19,8)! Olhemos também para o bom ladrão, condenado à morte e crucificado ao lado de Jesus: não fez parte do grupo do Senhor, não conviveu com Ele nem foi chamado para ser apóstolo; mas, diante de Jesus, foi capaz de reconhecê-lo como o Salvador (cf. Lc 23,40-43). A pecadora arrependida (cf. Lc 7,36-50), os discípulos de Emaús (cf. Lc 24,13-35), Zaqueu, o bom ladrão, Pedro e os apóstolos, Paulo e tantos outros exemplos que encontramos na Escritura Sagrada nos ensinam: quando nos encontramos verdadeiramente com Jesus nada é mais o mesmo! Rendidos diante de sua presença e de seu amor por nós, nos deixamos transformar em um profundo processo de conversão pessoal.

O encontro com Jesus nos enche de coragem – tal como aconteceu com Pedro e João (cf. At 4,19s) e nos renova, convida à conversão e nos leva a anunciar com alegria Aquele que encontramos e que faz arder nosso coração (cf. Lc 24, 32).

No livro dos Atos dos Apóstolos lemos que o povo percebia na comunidade dos apóstolos as marcas daqueles que haviam feito a experiência de encontro com Jesus e viviam seus ensinamentos – porque, transformados pelo encontro com o Senhor, haviam se tornado parecidos com Ele… Nossos catequizandos e suas famílias veem em nós pessoas parecidas com Jesus?

Maria do Carmo Rollemberg