Somos desafiados a formar discípulos encantados por Jesus, comprometidos com a comunidade eclesial e com o Reino de Deus e, para superar este desafio, a formação dos catequistas merece atenção especial. Se a Catequese está a serviço da Iniciação à Vida Cristã, também a formação dos catequistas, de modo particular daqueles que atuam na Catequese com Adultos, deve assumir um caráter iniciático.

Mas, o que significa isso? É passar de um processo formativo meramente técnico, doutrinal e teológico (conhecimento) para um processo querigmático e mistagógico (contato vivo e pessoal com o Mistério), favorecendo a conversão daqueles chamados pelo Senhor para a vocação e a missão de catequista. O ponto de partida é a vida envolvida no encontro pessoal com Cristo.

A formação iniciática dos catequistas apresenta características próprias: privilegia o encontro pessoal com Jesus Cristo, deixando para trás a mera transmissão de conhecimentos; ilumina toda a vida do catequista com a Palavra; facilita a aquisição de habilidades, atitudes e valores; apresenta itinerários adequados à realidade humana e de fé dos catequistas; propõe diferentes momentos coletivos e individualizados; envolve a comunidade como verdadeira promotora da formação dos catequistas; forma para a missionariedade; marca o processo com ritos e símbolos; favorece a vivência da espiritualidade a partir do dia a dia do catequista.

Portanto, propor uma formação iniciática é propor uma maneira de ajudar os catequistas a conhecer Jesus, experimentá-lo e vivenciá-lo, aderindo com firme convicção a Ele e ao seu Evangelho, para que sejam capazes de acompanhar seus catequizandos em sua opção de ser discípulos de Jesus Cristo.

Fonte: SCALA. A formação iniciática de catequistas. Revista de Catequese. São Paulo, nº 123, p.68-78, Jul-Set, 2008.