Ser Catequista

Sei que se recorda, amigo e amiga Catequista, daquela pessoa que, pela primeira vez, lhe dirigiu o convite para colaborar com o Senhor na Catequese. Até os detalhes lhe afloram à memória. Era a comunidade que precisava. Alguém lhe falou desde fora, mas provocou aquela voz que vem de dentro. Era como se o Senhor Jesus já estivesse a compadecer-se dos catequizandos e, então, estaria a confiá-los a Você. Pois bem, hoje deixe-se ‘olhar” por ele. Tente imaginar o próprio Senhor, com os olhos cheios de compaixão, a voltar sua face para eles, os catequizandos, e depois para Você. O que ele lhe diria? Escute-o. Deixe-o falar.

Ele nunca se deixa vencer em generosidade. Estará sempre ao seu lado, com a força do seu Espírito, para renovar as compaixões, para revitalizar as motivações, para vencer as desilusões. São alegrias e dramas que ele conhece bem. Os grandes discípulos e discípulas também já experimentaram. Eles se sentiram pequenos, pequenas. Venceram porque a força que os sustentava vinha do amigo e Senhor. Como o apóstolo e catequista por excelência, Paulo, muitos repetiram em seu íntimo: “Eu sei em quem acreditei…” (2Tm 1,12). Lembre, pois, de seu chamado, de suas vitórias, e siga no serviço da Catequese.

Despeço-me com palavras de imensa gratidão a todos os Catequistas deste nosso Brasil. Que o Senhor lhes abençoe por serem uma fonte de bênçãos à nossa Igreja. E que a poderosa intercessão da grande Catequista, aquela de Nazaré, esteja sempre a acompanhar os seus passos.

Fonte: Dom José Antonio Peruzzo- Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB