Muito se fala sobre quem é o catequista para os dias atuais. É claro o consenso de que catequista não é professor; educador, sim, mas no sentido amplo da palavra. O modelo de catequista para o qual devemos nos voltar é Jesus Cristo. O que com Ele aprendemos? Ele nos revela o que escutou do Pai com suas ações, palavras e atitudes. Jesus valoriza a ação de cada pessoa e respeita os limites de cada um (como Jesus lida com os discípulos de Emaús?). Jesus se deixa encontrar e se faz lugar de encontro com o Deus da vida.

O catequista de adultos nos dias atuais, muito mais do que ter respostas para tudo, precisa ser alguém que dê testemunho da sua esperança, e interpele e provoque o pensar de seus catequizandos para ajudá-los a enxergar a realidade à sua volta com os olhos da fé, com o olhar de quem confia e espera naquele que Jesus nos deu a conhecer.

É verdade que muitos adultos buscam a catequese (apenas) para receber um ou mais sacramentos. O catequista tem, então, a tarefa de conduzir seus catequizandos para que a “vontade de Jesus” – ainda que não muito clara – se torne realidade (“Eu era inquieto, alguém que buscava a felicidade, buscava algo que não achava… Mas tu te compadeceste de mim e tudo mudou, porque tu me deixaste conhecer-te…” Santo Agostinho. Confissões 10).

Ou seja: o catequista é aquele a quem cabe realizar essa “vontade de Jesus”, ajudando o catequizando a se deixar encontrar pelo Mestre. Com seu testemunho e sua vivência de comunhão com Jesus, o catequista caminha com seu catequizando, que é chamado a fazer uma experiência de fé da qual brota uma mudança de vida.

O catequista é o facilitador de um verdadeiro encontro com Jesus!